Tarde atípica de chuva em dia de final de Taça. O Estádio de Honra, mais conhecido por Estádio do Jamor, em Oeiras foi o palco do jogo entre o Benfica e o Vitoria SC.
O Benfica a não facilitar e apresentar um 11 sem surpresas para quem quer vencer. A maior novidade foi a ausência do Júlio César que fez todos os jogos da Taça de Portugal.
Da parte do Vitória, Pedro Martins, colocou em campo um 11 ambicioso e condizente com o espetáculo que se esperava na festa da Taça.
Em relação ao jogo, as duas equipas demoraram em assentar o seu respetivo jogo.
O Benfica mesmo com mais e melhor troca de bola, não colocava intensidade no seu jogo e sentia algumas dificuldades em penetrar na zona mais recuada do Vitória.
A equipa de Pedro Martins, procurava estar bem defensivamente, juntando as linhas e a tentar sair no contra-ataque.
A equipa de Pedro Martins, não veio com vontade de fazer número e na pressão, teve algumas entradas "durinhas" e há margem da lei, que o diga Ljubomir Fejsa.
Diga-se que Os primeiros 25 minutos não foram de grande espetáculo.
Até que o melhor lance até então, foi do Vitória. Hernâni de bicicleta a testar atenção de Ederson que desviou para canto.
No segundo tempo, o jogo começa praticamente com o golo do Benfica. Remate do meio da rua de Jonas que Miguel Silva com dificuldades não segurou, Jimenez foi mais rápido e "picou" a bola por cima do guardião do Vitória e estava feito o 1-0 no Jamor.
O Vitória procurou reagir, "esticando" se mais no campo, mas pouco depois, surge o 2-0 para os encarnados. Excelente cruzamento pela direita de Nelson Semedo, onde surge em zona de finalização Salvio que com um forte golpe de cabeça faz o segundo golo do Benfica.
Em resposta livre perigosíssimo de Marega que remata forte a razar o poste esquerdo da baliza de Ederson.
Aos 67minutos excelente jogada pela esquerda entre Cervi e Grimaldo,com o espanhol a cruzar e Jonas a enviar a bola à barra.
Aos 75 minutos uma perdida inacreditável do Vitória. Excelente jogada de Raphinha pelo lado esquerdo, que coloca a bola na "boca" da baliza, mas Samaris desvia para canto. Na sequência,uma saída algo infeliz de Ederson e Zungu de cabeça a fazer o golo do Vitória.
O golo fez acreditar a equipa vimaranense, mas teve mais coração do que cabeça.
Pizzi perto.do minuto 90 e após uma jogada individual, poderia ter "matado" o jogo mas na cara de Miguel Silva, atirou por cima.
Ao "cair do pano", foi a vez de Jimenez falhar depois de Pizzi fazer pressão sobre o último defesa do Vitória.
Uma vitória justa do Benfica num jogo duro e pesado.
Uma primeira parte equilibrada,nem sempre bem jogada e sem grandes momentos dignos de registo. Um Benfica com lentidão de processos, com mais bola, alguns bons momentos de troca de bola, mas com dificuldades em chegar a zonas de finalização.
O Vitória, esteve praticamente sempre bem posicionado na sua zona defensiva, e procurou sair sempre com qualidade e com critério.
Uma entrada de rompante da equipa do Rui Vitória no segundo tempo, que em sete minutos faz o resultado.
Mostrou outra postura para além dos golos. O Benfica aparece mais ágil, mais "sóbrio", no fundo mais dentro do que tem sido habitual no seu jogo. Ao contrário da equipa do Vitória, que pareceu-me ficar baralhada como se não soubesse o que lhe tinha acontecido. Perdeu-se um pouco e não tomou as melhores decisões em determinadas jogadas.
Até que surgiu o golo de Zungu que deu um novo acreditar à equipa. Mas que não teve noção no seu jogo para pelo menos tentar o prolongamento.
Agora umas notas:
- Jimenez mais uma vez a dar razão a tudo o que tenho dito acerca da sua capacidade. Basta aprimorar a finalização e o Benfica terá um excelente ponta de lança, dos melhores da Europa. Tenho a certeza e completa noção do que estou a dizer.
A exclusão do Júlio César do 11 inicial, parece-me algo complicado de digerir quer pelo próprio guarda-redes, quer mesmo plantel. Isto caso não haja nenhum problema físico com o brasileiro. Porque em termos de ritmo competitivo, já sabíamos que não iria ter, como não teve nas outras eliminatórias da Taça.
Podemos ainda olhar para esta situação de uma outra forma. Manter Ederson na baliza, podemos ver como respeito ao Vitória S.C. e não querer mostrar relaxamento e vontade de vencer. Como também podemos olhar como dar o último jogo a Ederson com a camisola do Benfica. E ao levar a bola do jogo embora, para mim bastou para confirmar isso.
Por parte do Pedro Martins, colocar Miguel Silva em vez de Douglas mostra confiar na capacidade do jovem e manteve a aposta referente à Taça de Portugal.
Tem-se falado muito em Joel Pereira e André Moreira para a baliza do Benfica, mas como já disse em outras ocasiões, o guarda-redes que penso que tem um enorme potencial e mesmo que hoje nao tenha mostrado muito isso, é mesmo Miguel Silva.
Para terminar, em relação ao Vídeo-árbitro, acho que nunca vai haver unanimidade, nem com as imagens. Por que até às imagens vai da interpretação de cada um. De qualquer forma, penso que vai ajudar bastante no futuro, embora o erro nunca vá acabar...porque faz parte do ser humano.
Com isto dizer que ao minuto 11 da primeira parte, uma bola no braço dentro da área após corte para canto, ninguém esboçou nenhum sinal. Deixaram seguir. Presumo que todos os árbitros tenham interpretado da mesma forma, que no "carrinho" foi algo normal porque o braço já lá estava. Mas a verdade é que houve situações em que já foi assinalada grande penalidade.
É como eu digo, as críticas vão se manter, porque o foco será sempre a interpretação.
Esta final da Taça da Portugal, é um jogo único, um jogo diferente. Pessoalmente é o jogo que mais gosto de toda a temporada. Foi pena os intervenientes diretos, não serem tão ordeiros( principalmente na primeira parte) como foram os adeptos de ambas as equipas antes da partida.
Por falar em Adeptos, a massa associativa do Vitória SC, mostra mesmo o amor de uma cidade unida em prol de um clube de futebol. O futebol é isto, o futebol é uma paixão imensa que não se encontra explicação!
#Abolaedetodos
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