Vou fazer um interregno na atribuição dos "prémios" da Liga Nos, para analisar a saída de Nuno Espírito Santo do FC Porto.
Era uma saída que eu já prespetivava desde o início da sua chegada, mas honestamente cheguei a pensar que ele ia permanecer pela forma como falou no fim do jogo com o Paços de Ferreira. A derrota por 3-1 diante o Moreirense e a fraca exibição da equipa levou a este óbvio desfecho. Foi a gota de água principalmente para os associados que mesmo que Pinto da Costa e a sua direção, quisessem manter o treinador iria ser uma situação insustentável para todos.
Em relação ao trabalho de Nuno, trouxe algumas melhorias ao futebol em relação ao passado recente. Nao há por onde fugir em relação a isso. Trouxe coesão defensiva, que foi referência na Europa do futebol. Mas, com 34 jornadas, uma equipa que não tem um sistema de jogo bem definido, não tem criado um 11 base e quando assim é, é meio caminho andado para a "desgraça". O próprio discurso não ajudou o agora ex-tecnico do FC Porto. Humilde de mais, faltou em Nuno a arrogância necessária determinados momentos. Faltou passar ambição ao grupo e aos associados quando falava nas entrevistas rápidas e nas conferências de imprensa. É algo extremamente importante fazer todos em redor do clube acreditar que é possível. Uma imagem de Nuno que nunca vou esquecer, foi logo de seguida ao grande jogo no Dragão que o Porto fez frente ao Benfica, Nuno disse e passo a citar, : "...se conseguimos ter esta postura frente à um rival, então estamos na luta...". Uma equipa como o FC Porto, com o historial que tem, um crónico candidato ao título, e depois de uma enorme exibição, este discurso é algo inacreditável!
Em relação ao seu sucessor, é preciso dizer antes de mais, que o Porto está-se a tornar num cemitério de treinadores. Quanto mais tempo sem vencer, mais complicado é para um treinador pegar nesta equipa. Quem vier sabe que ou ganha ou provavelmente sai. Tem o pescoço na guilhotina, venha quem vier. Não há mais tempo para experiências.
Fala-se muito de Marco Silva, mas também de Carlos Carvalhal ou Sérgio Conceição.
Em relação a Março Silva, eu no lugar do técnico que mesmo descendo com o Hull para o Championship, ganhou respeito e reputação em Inglaterra o que é difícil. Penso que não era o melhor passo para a sua carreira sair da órbita da Liga inglesa, quando há equipas da Premier League interessas nos seus serviços. Mas o FC Porto é sempre o FC Porto e o prestígio de estar a frente de uma equipa assim também abre outros horizontes, reparamos em Vítor Pereira.
Vamos ver o que está reservado para o futuro do FC Porto e qual será o eleito para levar em frente uma equipa com uma enorme carência de títulos.
#Abolaedetodos
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