Esta semana a nossa rubrica "Ainda se lembra de..." fala português...do Brasil.
O seu nome é Antônio Augusto Ribeiro Reis Júnior, mas para o mundo do futebol o seu nome é...Juninho Pernambucano!
Nascido no Recife, Pernambuco, no dia 30 de Janeiro de 1975, Juninho iniciou o seu percurso no futebol com 16 anos de idade no clube da sua terra, o Sport Clube Recife.
Passados pouco mais de dois anos, Juninho foi chamado à equipa principal onde no ano de 1993( 11 de Novembro) fez a sua estreia.
Destacou-se com a camisola do "Leão", tornou-se numa referência da equipa, um idolo para a massa associativa do Sport e suaz exibições e os seus golos de livre começaram 'aqui' a ser famosos, com tudo isto, começou a cobiça de clubes de maior dimensão.
O Vasco da Gama, fez uma proposta que foi aceite e em 1995 Juninho integrou " o gigante da colina" . Teve dificildades em cimentar-se na equipa titular onde só em 1997 conseguiu ter a importância desejada e foi "peça" fulcral na conquista do Campeonato Brasileiro em 97, no ano 200 e ma Libertadores em 1998.
Ao lado de jogadores como Edmundo ou Romário, Juninho Pernambucano, fez parte da geração de ouro do Vasco da Gama e tornou-se no jogador mais apreciado pelos 'torcedores' principalmente depois de marcar o golo que garantiu a presença do Vasco na final da Libertadores em 98.
Estrela no Vasco, Juninho saiu do clube em 2001 pela porta pequena por motivos financeiros. Era dos jogadores com ordenado mais baixo e com a preponderância que ele tinha na equipa, não considerava justa essa situação.
Foi ai que surgiu o Olympique Lyonnais no seu horizonte graças a Jacques Santini, treinador do emblema francês naquela altura.
Vice-campeão francês na altura, o Lyon não tinha a reputação que tem nos dias de hoje. No seu país as equipas conhecidas eram apenas Paris Saint Germain, o Marselha e pouco mais. Juninho mesmo assim viu nesta oportunidade uma forma de construir uma carreira na Europa.
Com uma equipa com poucos recursos, Juninho e o Lyon venceram a Ligue 1 logo na sua época de estreia, algo inédito para o clube francês.
Na temporada seguinte tornou-se no melhor marcador da equipa e venceu novamente o "Le championnat".
Nas temporadas seguintes, Juninho iria manter-se como imprescindível num esquema de 4-2-3-1 de Paul LeGuen, onde era criador de jogo, uma espécie de "10". Com jogadores como Malouda, Govou, Essien ou Diarra, o Lyon era nesta altura uma equipa de referência europeia.
Mais tarde e já sem o mesmo fulgor de outras épocas, Juninho baixou no terreno onde fez um trio no miolo com o português Tiago e Diarra, onde o brasileiro passou a ser um interior esquerdo. Nessa época começava a despontar um jovem chamado, Karim Benzema.
Claude Puel pegou na equipa na época 07/08 depois de Houllier ter tido problemas com o presidente do clube. Juninho começou a perder espaço com o novo treinador, mas ainda voltou a sagrar-se Campeão Nacional novamente.
Juninho estava prestes abandonar o clube e no seu jogo de despedida, mais precisamente no dia 23 de Maio de 2009, o brasileiro marcava o seu centésimo golo pelo Lyon.
Era a melhor despedida que o maior ídolo da história do clube poderia ter.
Seguiu-se o Al-Gharafa como futuro imediato. Venceu três titulos pelo clube qatariano, mas onseu principal objetivo era regressar a casa, nomeadamente ao Vasco da Gama. Desejo esse que foi concretizado no dia 27 de Abril de 2011.
O "Reizinho" (como era chamado pela massa associativa do Vasco) estava de regresso!
No Vasco Juninho fez o primeiro jogo como titular e marcou mesmo um golo na cobrança de um livre, mas depois de Ricardo Gomes ter sofrido o AVC e ser substituido por Cristóvão Borges foi alternando com Felipe o lugar de médio interior direito.
O clube voltou a ter problemas, principalmente de tesouraria e Juninho achou por bem deixar o Vasco, para o bem do próprio clube.
Os Estados Unidos, mais propriamente o New York Red Bulls, foi o passo seguinte na carreira do internacional brasileiro. Este sete meses na Major Leagie Soccer onde fez apenas 13 jogos e frustrado com essa situação ingressou pela terceira vez no Vasco. A equipa parecia querer tomar um rumo diferente pela mão de Dorival Júnior, mas os constantes problemas físicos que Juninho foi tendo não ajudou a que continuasse ajudar o clube da melhor maneira, principalmente quando o clube desceu de divisão já com
Adílson Batista no comando técnico, Juninho quis permancer para ajudar na subida, mas as suas limitações não o permitiram.
Terminou a carreira no dia 29 de Janeiro de 2014, aos 39 anos depois de ter sido ídolo no Sport Recife, melhor jogador da história do Lyon e lenda no Vasco da Gama.
Em termos de Seleção brasileira, Juninho nunca conseguiu ter preponderância. Foi suplente na grande maioria das vezes. Vestiu a camisola da 'canarinha' por 40 ocasiões marcando 7 golos.
Marcou presença na Taça das confederações em 2005 onde esteve em bom plano e no Mundial de 2006 foi titular na derrota por 1-0 frente à França.
Na soma de toda a sua carreira, Juninho Pernambucano esteve presente em 879 jogos e marcou 206 golos.
Em termos de características, o brasileiro era um médio de transição, que tinha vários predicados de elevado nível. A qualidade e eficácia no passe, a intensidade e a dinâmica que imprimia no jogo da equipa, mas a grande referência do seu futebol era sem dúvida os lances de bola parada. Principalmente os livres direitos. Nestes remates, Juninho conseguia aplicar uma curva estranha na bola,juntamente com força e a direção desejada. Por isto mesmo, Juninho Pernambucano é considerado o melhor marcador de livres de todos os tempos. Foram mais de 100 lances de livre direto onde Juninho aplicou esta sua aptidão de forma exímia.
#Curiosidade: Juninho enquanto defendia as cores do Vasco, mais precisamente em 1999, tornou-se o primeiro jogador na história a disputar duas partidas em países diferentes no mesmo dia. No dia 7 de setembro, esteve na vitória do Brasil sobre a Argentina(entrou na segunda parte), disputada em Porto Alegre, no final do jogo,embarcou para Montevidéu e conseguiu chegar ao Uruguai a tempo de entrar no segundo tempo da partida contra o Nacional, pela Copa Mercosul.
Escolhi Juninho Pernambucano, porque foi um jogador de enorme categoria e classe, que podia certamente subir mais um degrau na reputação de clubes, mas preferiu dar os melhores anos da sua carreira ao Olympique de Lyon.
Dono uma capacidade de transformar livres diretos em golo, fosse de que lugar fosse cobrada a falta, Juninho tornou-se uma referência mundial na marcação deste tipo de bola parada.
Um jogador que é uma referência mundial pela classe que espalha em todo o seu futebol,Andrea Pirlo, disse recentemente que este jogador brasileiro, teve grande influência na sua forma de bater os livres e diga-se que essa influência está ainda nos dias de hoje à vista de todos. O italiano tem muita classe na marcação de livres diretos e embora revele muita eficácia, diga-se que não tem tanta quanto o brasileiro. Na verdade, o futebol mundial nunca viu alguém como Juninho Pernambucano.
Quando se fala em grandes marcadores de livres, não há quem não se lembre do grande..."Reizinho"!
A Bola É De Todos
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