Caros leitores, às vezes não é a qualidade dos jogadores que faz o jogo, mas sim a motivação com que estão no mesmo. Neste jogo frente aos neozelandeses, passou-se um pouco isso,principalmente até ao primeiro golo português . Muita entrega ao jogo, muita motivação da Nova Zelândia, do que propriamente da Seleção das quinas.
Portugal entrou sem ligação entre setores, muito idêntico ao que se passou diante o México. O primeiro remate aconteceu aos 23 minutos com um cabeamento de Ronaldo (repetiu aos 25 minutos com a bola a embater na trave após defesa).
A equipa neozelandesa ,entrou subido no campo, pressionante na procura de não deixar Portugal pensar o jogo, mas nunca conseguiu incomodar.
Pouco passava da meia hora quando Danilo Pereira sofreu uma falta dentro da área originando uma grande penalidade. Ronaldo não perdeu a oportunidade e abriu o marcador.
Aos 37 minutos, uma excelente jogada entre Quaresma e Eliseu que Bernardo Silva deu o melhor seguimento fazendo o 0-2 dando estabilidade no jogo e emocional olhando ao que se passava no jogo entre a Rússia e o México .
Portugal chegava ao intervalo sem jogar muito. As debilidades do jogo neozelandês ajudaram mais do que propriamente o jogo feito por Portugal. Embora a jogada do segundo golo tenha sido bem trabalhada.
O segundo tempo, até próximo dos 60 minutos não teve muita história.
A Nova Zelândia teve aos 58 minutos a possibilidade de reduzir a desvantagem, mas Rui Patrício com uma defesa apertada e ainda com a ajuda de Bruno Alves negou o golo.
Pouco depois foi a vez de Ronaldo a cabecear e a obrigar o guardião neozelandês a defesa a dois tempos.
Com a saída de Ronaldo, o sistema tático foi alterado para 4-2-3-1 e na minha opinião o futebol saiu mais fluído , mais inteligente e mais ofensivo. A cima de tudo, mais coletivo, pareceu-me.
Aos 80 minutos André Silva a fazer jus ao que em cima referi. Estava assim feito o 0-3 que dava descanso a Portugal em busca do primeiro lugar do grupo.
Para fechar as contas, Nani faz o 0-4 final após uma jogada simples e eficaz.
Pois bem, Fernando Santos deve ter lido o que escrevi acerca da seleção e dos melhores jogadores para formar o 11. Embora tenha mantido a mesma tática para beneficiar mais Ronaldo, houve melhoras significativas último jogo.
Bernardo Silva já na partida anterior , foi quem mais se destacou e merecia mesmo prémio de melhor em campo, principalmente pela primeira parte que fez.
Embora tenham mantido o mesmo sistema tático , As "peças" que entraram deram outra forma ao jogo da equipa nacional.
Contudo, não entendo como não se dá uma oportunidade no 11 inicial a Pizzi.
Neste jogo foi notória a diferença de Nelson Semedo de uma época inteira para o jogo de hoje. Umas semanas sem competir originam isto. É normal. Para além da falta de rotinas com os colegas, o que não ajuda em nada.
Contra fatos não há argumentos e o que eu escrevi no artigo sobre a melhor forma de Portugal vencer e salientei o 4-3-3 e o 4-2-3-1, no jogo de hoje mostrou que de fato faz sentido essa alteração tática. Como disse nesse mesmo artigo, é preciso ir em busca dos interesses da equipa e não de um jogador , mesmo que tenha tanta importância com o é o caso de Cristiano Ronaldo.
Embora ninguém dê relevância a este fator que considero decisivo a alteração tática fez diferença na forma como decorreu o jogo até ao final. Quero na forma de jogar com o ainda se marcou mais dois golos de bola corrida.
O futebol para além de inteligente, tem que ser simples e pragmático. Foi o que aconteceu após essa alteração.
Embora a Nova Zelândia não seja um potência do futebol mundial, bateu-se bem mediante as suas possibilidades e capacidades.
Portugal foi um justo e claro vencedor e chega assim as meias-finais da Taça das Confederações.
#Abolaedetodos
Comentários
Enviar um comentário