Terminou hoje o sonho de Portugal em vencer a Taça das Confederações.
O comentador do jogo disse que a Vitória ajusta-se porque o Chile fez mais por ganhar do que propriamente Portugal. Acredito que se fosse ao contrário ele diria exatamente a mesma coisa.
Para mim não é tão simples dizer isso, embora a vitória se ajuste à equipa chilena, muito pelos minutos finais do prolongamento. Mas já lá vamos.
Portugal entrou bem no jogo, esteve na fase inicial com as rédeas do jogo, mas aos poucos Arturo Vidal e companhia foram equilibrando o jogo e foram mais, diria, mais pragmático ou direitos no que queriam do jogo. A primeira grande oportunidade do jogo, colocou Rui Patrício em sentido e que se opôs com qualidade e, quase de seguida Cláudio Bravo não quis ficar atrás e fez o mesmo aos pés de André Silva.
A partir daqui não houve muita história.
O segundo tempo, foi fraquinho(mais do que o primeiro), e nem sempre bem jogado por ambas equipas. Sem intensidade, acho mesmo com demasiado respeito mútuo.
Ou havia um enorme receio em sofrer e não conseguir recuperar.
Na minha forma de ver, as substituições foram mal feitas por parte de Fernando Santos. Acho que não foi de génio retirar André Silva e, ainda menos foi manter André Gomes praticamente todo o tempo jogo. Quaresma e Nani não trouxeram a irreverência que normalmente os caracteriza. Muito pela forma impetuosa e a forte pressão com que os chilenos abordam os lances, mas isso não deveria ser novidade para ninguém e não podemos culpar o selecionador por estes jogadores não terem mudado o jogo como se esperava.
Depois a parte final do prolongamento fez com que Portugal ainda tivesse esperanças de que estaria protegido para alcançar a final de São Petersburgo.
Um lance de grande penalidade cometido por José Fonte que não foi assinalada, e dois lances de bola no ferro na mesma jogada.
De seguida foi as grandes penalidades. Há quem diga que é uma lotaria, mas não, não é. Prova disso é o penalti batido por Nani( por exemplo), que embora tenha sido ao canto inferior esquerdo de Bravo, a ideia que passou é que já ia derrotado antes de bater.
Para terminar, mais uma vez o sistema não funcionou. Não quero ser insistente, mas Portugal no primeiro tempo quando alternou para 4-3-3 esteve melhor no encontro. Ronaldo descaido na esquerda dava outras soluções e arrastava sempre um central dando a chance a André Gomes de aparecer em zona de finalização.
Depois tenho dificuldade em entender o porquê de apostar na entrada de jogadores ofensivos como Quaresma,Nani e Gelson em vez de procurar supremacia no miolo.
Honestamente eu estranhei a forma como o Chile se apresentou, mas olhando para os minutos finais mostrou que foi apenas cinismo.
Com este desfecho o Chile já se encontra na Final da Taça das Confederações e aguarda agora pelo adversário que se vai ficar a conhecer no jogo de amanhã entre o México e a Alemanha.
Em relação a Portugal deveriam analisar bem e assumir uma forma diferente de assumir o jogo. Colocar sangue novo, e definir um sistema que favoreça a enorme qualidade dos jogadores portugueses que tem ao seu dispor.
Ps: Apenas um apontamento ao video árbitro.
Um lance claro de grande penalidade e nada foi resolvido nem assumido para se voltar a traz e redimir o erro humano.
Imaginem isto na Liga Nos!
#Abolaedetodos
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