Dois dias depois o FC Porto voltou a testar as suas novas ideias e a sua competência desta vez frente ao Campeão mexicano, Chivas.
Desta vez Sérgio Conceição optou por colocar Soares e Aboubakar na frente de ataque, num nítido 4-4-2.
O jogo começa quase com os "dragões" em vantagem. Aboubakar aproveitou sucessivo erros da defesa do Chivas e tava feito o 1-0.
A equipa azul e branca teve momentos, diria mesmo, de brilhantismo durante esta primeira parte.
Bom jogo interior, passes a rasgar a defensiva adversária, um claro entendimento entre os jogadores no processo ofensivo.
Pouco passava da meia hora, Aboubakar atira à trave, numa joga que mostra esse entendimento.
Perto dos 40 minutos, ficou ainda mais evidente, o entendimento e os novos os processos ofensivos, com o golo de Otávio. Um excelente momento de futebol da equipa azul e branca.
O segundo tempo foi bem diferente do jogo anterior.
As habituais substituições dão origem à quebra de ritmo do jogo.
O Chivas alterou a equipa inteira, os seus melhores jogadores fizeram a segunda metade do encontro.
O FC Porto, teve sempre melhor( desde o início do jogo),
até ao primeiro golo do Chivas. Um livre marcado de forma rápida, com o árbitro a deixar seguir, o que apanhou a defensiva portista desprevenida.
A melhor ocasião para os "dragões" surgiu aos 82 minutos num remate cruzado de Sérgio Oliveira, a razar o poste esquerdo da baliza mexicana.
Uma falha da defensiva portista deu origem ao golo do empate perto dos 85 minutos.
Este jogo foi francamente melhor do que o anterior.
É preciso não esquecer que a equipa mexicana jogou com muita juventude no seun11 inicial, jogadores juniores que mostraram os erros da inexperiência, mas o que não retira mérito ao futebol portista.
Foi evidente o claro melhoramento dos processos, mais rapidez, maior mobilidade e já se nota um Porto bem diferente da última temporada, diria mesmo das duas últimas temporadas.
Agora, é preciso entender para quantos minutos aguenta esta forma de jogar. É preciso manter-se forte nos 90 minutos e não em 45. Mas ainda é cedo para entendermos esse fator, a quebra física normal desta altura também não ajuda a encontrar uma resposta melhor.
Tal como eu referi no jogo do Sporting, para mim deveria se começar por uma equipa que se pensa que será o 11 inicial ou perto disso, para ganhar as rotinas e a coesão necessária. Pois, Conceição fez isso no quarteto defensivo, (algo que considero essencial) e manteve um total de 8 jogadores que estiveram no 11 inicial no jogo frente ao Cruz Azul.
Para mim a minha maior curiosidade nos jogadores deste FC Porto 17/18 era Ricardo Pereira.
O (agora) lateral direito, evoluiu bastante no tempo que passou no Nice.
Faz todo o corredor com qualidade e demonstra inteligência a jogar. Não considero surpresa porque eu já estava "consciente" com o futebol que o jogador iria apresentar.
Acho melhor os "dragões" começaram a pensar na renovação, porque com uma cláusula de 25 milhões de euros, qualquer clube inglês paga.
Caso fique, Maxi Pereira tem a vida complicada com a concorrência de Ricardo Pereira, Mas ele também tem que se habituar à ideia (e ja deve ter essa consciência) de ser ultrapassado,porque já não é um menino.
Destes dois jogos em terras mexicanas, os primeiros jogos onde podemos ver a evolução destas últimas semanas de trabalho, mostram uma clara evolução. Já não há só um dedo de Conceição, neste jogo já vimos uma mão do treinador portista, o que cria maior expectativas nos seus associados.
A bola é de todos
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