O FC Porto teve nesta madrugada o primeiro jogo ao alcance dos "nossos olhos".
Estive a ver o jogo para que os meus leitores que não poderam assistir, tenham uma ideia do que se passa no clube do coração.
Os "dragões" deslocaram-se ao México para defrontar o Cruz Azul num jogo a contar para a Supercopa Tecate.
Tal como disse nos jogos do Sporting CP e do Benfica, estes jogos são sempre ingratos para os jogadores porque a cabeça pensa, mas o físico ainda não responde da mesma maneira.
Este adversário mexicano tem um trabalho mais adiantado. iniciam o seu campeonato, já no próximo sábado frente ao Tijuana.
Pois bem, em relação ao jogo, não houve grandes destaques.
As novidades no 11 foi Ricardo Pereira que jogou na lateral direita e Mikel que fez de Danilo.
O jogo começa com o Porto a ter mais bola, mas a primeira e mais clara oportunidade de golo aconteceu para a "La Máquina" aos 18 minutos, depois de um erro de Marcano.
Casillas logo de seguida tem uma excelente intervenção após cabedeamento de Velásquez.
O que marcou o primeiro tempo portista, foi conseguir criar algum perigo apenas com remates de longe.
De maior relevo surgiu aos 26 minutos com Alex Telles a mostrar algo mais atacar (do que a defender) e rematou forte para defesa de Peláez.
Passados mais 10 minutos foi Corona que rematou as malhas laterais depois de Soares ter roubado a bola ao adversário.
Antes do intervalo Oliver ainda teve uma boa iniciativa e a melhor (num entendimento com Soares)que foi negada pelo guardião mexicano.
A segunda parte foi muito diferente. Foi um jogo quase de sentido único, e algo raro nas pré-temporadas.
O FC Porto melhorou ao longo das substituições que foi fazendo o que não é normal. Mandou mais no jogo, pressionou mais alto, no fundo teve mais personalidade.
Foram criadas muitas oportunidades, mas sem a eficácia desejada, tão pouco o acerto na baliza.
Galeno e Hernâni foram prova disso mesmo.
Não foi uma primeira parte boa, mas não se pode pedir "mundos e fundos" nesta altura.
O FC Porto teve mais oportunidades, mas o lance mais perigoso e que podia ter aberto o marcador pertenceu ao Cruz Azul.
Não houve real perigo no ataque, onde apenas sobressaiu o remate mais perigoso de Oliver.
Em termos defensivos, essa situação comprometedora de Marcano, foi dos poucos lances consentidos pelos "dragões".
Ou seja houve um equilíbrio entre a preparação dos mexicanos e a qualidade dos jogadores do FC Porto.
Na segunda parte, houve uma melhoria significativa. Mais personalidade no jogo portista, mais pressão, e situações de perigo, mas na agora de finalizar, um desacerto total.
No ataque é notório que falta fazer mais, ser mais esclarecedor. Falta um claro poder de fogo.
O que retiro deste jogo é o à vontade para rematar do "meio da rua", algo que não eram comum num passado recente.
Mas como disse no início, não se pode exigir muito nesta fase. A cabeça pensa mas o corpo ainda não executa da mesma forma, mas o adversário mesmo com outra preparação não se conseguiu sobrepor aos dragões.
Em suma, há trabalho para fazer, não há dúvidas, mas tudo tem um início. Embora eu, pessoalmente tenha encontrado algumas parecenças com o passado bem recente dos azuis e brancos( principalmente na primeira parte) é preciso continuar a trabalhar para mudar certas rotinas criadas e colocar as novas em prática.
É precisamos ter á certeza qual vai ser o papel de Otávio, num 4-3-3, onde o brasileiro tem Oliver por perto, dá outra forma ao jogo portista.
Mas é apenas o primeiro jogo que vejo, certamente as minhas ideias ficarão mais claras em breve.
Tal como disse anteriormente, a pressão alta do segundo tempo e os remates de longe , já é "dedo" do novo treinador.
A bola é de todos
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