Estádio dos Arcos a receber o jogo entre o Rio Ave e o Benfica referente à 4° jornada da Liga NOS.
A equipa de Rui Vitória com uma alteração forçada, em relação ao 11 da última jornada. Sálvio encontra-se indisponivel e Rafa Silva foi o eleito para jogar no corredor direito à frente de André Almeida.
Os primeiros dois minutos mostraram um Benfica que queria pegar no jogo,tentou movimentar-se no meio campo do Rio Ave, procurou circular a bola, mas com dificuldades em conseguir sobrepor-se a uma equipa do Rio Ave com mais superioridade no miolo.
A primeira oportunidade surgiu logo aos 5 minutos de jogo e para a equipa da casa. Após canto batido pelo lado direito do ataque do Rio Ave, Francisco Geraldes com um remate traiçoeiro que Bruno Varela atento defendeu em esforço para canto.
Esta ação ofensiva deu o "click" na equipa de Miguel Cardoso, que passou a pressionar mais alto e com maior agressividade, mostro-se bem posicionado defensivamente e quando recuperava a bola, procurava sair com rapidez de processos, mas sem resultados práticos.
A dificuldade do Benfica,notou-se muito devido ao miolo, dois jogadores encarnados para 3 homens vila-condenses que mostraram-se agressivos quer na pressão e recuperação quer na saida para o ataque.
Aos 23 minutos, cruzamento pela direita de André Almeida, que Cássio com um falhanço enorme quase dava a oportunidade a Seferović de abrir o marcador. Ficou o calafrio para a equipa do RioAve.
O Benfica mesmo com dificuldades em circular a bola, ou com pouco balanceamento ofensivo como é habitual, mostrou-se sempre seguro e bem posicionado defensivamente.
Geraldes e Ruben Ribeiro eram os primeiros homens a pressionar de forma agressiva na procura do erro por parte quer de Filipe Augusto quer de Pizzi. A ideia era evidente, anular a ideia de construção de Pizzi.
Aos 32 minutos Guedes teve tudo para fazer mexer o ativo.
Livre de Pelé, com Marcão de cabeça a deixar a bola em que o número 7 sozinho desperdiçou uma grande ocasião de fazer golo.
Só aos 35 minutos de jogo o Benfica conseguiu espaço para construir uma jogada em Jonas, após alguma sorte, conseguiu fazer um remate, mas que saiu fraco e muito ao lado da baliza de Cássio.
Uma primeira parte que mostrou um Rio Ave com atitude, com agressividade, muita mobilidade,com mais rapidez de processos, perante um Benfica que mesmo bem posicionado, esteve quase sempre lento, "leve" e com pouca atitude num jogo em que já era de esperar grandes dificuldades. Quando ganhava espaço,o último passe saía sempre fora de órbita do colega de equipa.
A equipa de Miguel Cardoso, foi quem poderia ter aberto o marcador no Estádio dos Arcos por mérito próprio, enquanto a equipa da Luz poderia ter feito golo num lance de claro demérito para Cássio.
No segundo tempo, o Rio Ave entrou com a mesma postura que apresentou na primeira parte enquanto o Benfica continuava a mostrar-se sem ideias, era quase obrigado a jogar mais em passes longos na busca da profundidade.
Aos 56 minutos, o primeiro momento em que o Benfica mostrou rapidez e agressividade ofensiva criou perigo. Rafa mais rapido a antecipar-se ao defesa do Rio Ave, cruza ao primeiro poste e Cervi podia mesmo ter feito o golo do encarnado, embora tenha dado a ideia de ter o lance controlado.
Na resposta imediata, lance de ataque dos vila-condenses,com Bruno telles no cruzamento ao segundo poste e mais uma vez Guedes a falhar o golo.
O Benfica parecia querer equilibrar mais o jogo,estava aparecer com mais bola quando aos 60 minutos surge o golo do Rio Ave. Mais uma vez Bruno Telles pelo corredor esquerdo, cruza ao primeiro poste onde aparece Guedes atrapalhar Varela que chega primeiro à bola, mas não segura o esférico que ressalta em Lisandro e o argentino faz auto-golo nos Arcos.
Em cima do minuto 65 o árbitro Hugo Miguel vê uma grande penalidade cometida por Marcão sobre Jonas. Um puxão evidente na camisola do jogador Benfica. O Jonas chamado para a conversão do mesmo, de forma fria faz o 1-1 em Vila do Conde.
A partir do golo encarnado, o jogo ficou mais vivo e com intensidade de parte a parte. O Rio Ave continuou a mostrar a mesma personalidade, não sentiu o golo do Benfica e os encarnados começaram a ter outra postura, e a mostrar mais rapidez nos processos ofensivos. Prova disso mesmo, foi Rafa aos 74 minutos que poderia ter feito golo, depois de Cássio, mais uma vez mostrar "mãos de manteiga".
No minuto seguinte, o guardião brasileiro demonstrou duas vezes a qualidade que sempre mostrou na Liga portuguesa. Na primeira negou o golo a Rafa e de seguida a Seferović. Duas enormes intervenções.
Na entrada para o último quarto de hora do jogo, o encontro estava na sua melhor fase. O jogo dividido, com as duas equipas a mostrar jogo ofensivo e a mostrarem vontade de vencer.
Aos 78 minutos, Nuno Santos, de fora da área, atira forte com a bola a passar muito perto do poste direito da baliza de Bruno Varela.
Aos 87 minutos, lançamento longo de Eliseu onde surge Jimenez na insistência obrigou Cássio a defesa apertada.
No fundo este empate beneficia mais o Benfica pelo pouco futebol da primeira parte e parte da segunda, do que a equipa do Rio Ave pelo jogo que fez.
A equipa de Miguel Cardoso mostrou sempre muita personalidade, muita atitude, muita agressividade quer defensiva quer ofensiva e a mostrar sempre o que queria deste jogo.
Os encarnados fizeram um jogo pouco conseguido, com pouca capacidade para circular a bola os processos ofensivos raramente saíram e quando saiam era quase sempre de forma algo deficiente.
Ficou bem patente neste jogo que os orçamentos são apenas números!
Caros leitores, já sabemos que quando Pizzi tem bola, o Benfica tem um futebol inteligente, técnico e com momentos de classe, quando Pizzi é pressionado se forma agressiva de forma a não deixá-lo pensar, o Benfica fica muito "preso de movimentos" e é preciso saber contrariar isso.
Quando falo de Rui Vitória é nesse aspeto. Um treinador tem que saber em primeiro lugar a equipa que vai encontrar pela frente e se sabe que o adversário bai ter supremacia no miolo, é preciso ter alguma alternativa oara colocar logo em prática e é nisso acho que o treinador ribatejano tem dificuldades.
Não é alterar o ADN da equipa, é alterar a forma da equipa alterar conseguir mudar o rumo dos acontecimentos quando demonstra evidentes dificuldades, como sucedeu hoje.
Este é um problema em que o Benfica se vai deparar varias vezes quando começar a Champions League.
Eliseu aos 5 minutos teve uma atitude lastimável. Não precisava de dar com o pé no peito do adversário quando ele estava no chão.
Depois da polémica desta semana sobre a entrada em Diogo Viana, era escusado o internacional português colocar-se a jeito de novo.
Rio Ave e Benfica eram duas das quatro equipas que ainda não tinham perdido pontos na Liga NOS, agora resta aguardar o que fazem Sporting CP e FC Porto nos seus respetivos jogos no dia de amanhã.
A Bola É De Todos
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