Estádio Luis II a receber a segunda jornada da fase de grupos da Champions League com o jogo entre o Mónaco e o FC Porto.
A novidade na equipa de Sérgio Conceição foi a chamada de Sérgio Oliveira ao 11 para figurar num esquema de três médios.
Aos 4 minutos o primeiro lance de perigo surgiu para a equipa monegasca. Jogada de entendimento entre Ghezzal e Radamel Falcão, com o colombiano atirar fraco e à figura de Casillas.
A equipa de Leonardo Jardim procurou pegar no jogo e criar perigo com saídas rápidas, enquanto o FC Porto preocupava-se em estar bem posicionado e construir o seu jogo sempre com critério e pela certeza.
Quando estava o cronômetro a chegar aos 15 minutos os "dragões" chegavam se mais perto da baliza de Diego Benaglio, com uma maior rapidez de processos e começava a criar algum frisson.
Foi "sol de pouca dura" porque o Mónaco voltou assumir o jogo e a ter um maior pendor ofensivo.
Com meia hora de jogo surge o primeiro golo do jogo. Lançamento longo para a área onde após um desviu surge Danilo Pereira que sem preparação remata forte com Benaglio a defender para a frente e após duas tentativas de Aboubakar negadas pelo guardião suíço, o camaronês o FC Porto abre o marcador nesta noite milionária.
O golo deu outra tranquilidade ao jogo azul e branco que assumiu mais o jogo.
Uma primeira parte onde nunca houve um pleno domínio de nenhuma das equipas. O Mónaco começou bem, a procurar chegar a zona de finalização, enquanto o FC Porto estava a cimentar este seu "novo" esquema e a tentar ser coeso. Com o passar dos minutos foi crescendo no jogo e quando o jogo estava a ser dividido chegou ao golo por intermédio de Aboubakar. A equipa de Leonardo Jardim teve um pouco mais de bola, 'aqui e ali' houve momentos de algum frisson para ambos os lados, mas os "dragões" mostraram o mais importante,a eficácia. Algo que faltou à equipa francesa.
O segundo tempo, mostrou um FC Porto mais controlador, a querer jogar mais em posse e a construir mais em apoio, enquanto o Mónaco a querer mudar o rumo dos acontecimentos procurava ser mais agressivo na pressão à perda da bola e a querer implementar rapidez no processo ofensivo.
Aos 58 minutos a lance de maior relevo da segunda parte. Algo raro neste jogo, Sergio Oliveira procurou a profundidade nomeadamente para Marega que na cazra de Diego Benaglio não consegue fazer ampliar a vantagem. Fica a boa iniciativa da equipa azul e branca.
O Mónaco tinha bola, iniciativa de jogo, mas o último passe nunca saía com a qualidade necessária para finalizar e criar perigo efetivo para a baliza de Casillas.
Num ataque rapidíssimo, Brahimi coloca a bola na direita para Marega que vê Aboubakar na área que "sem dó nem piedade" faz o 0-2 no Luis II.
Na resposta o Mónaco quase reduz por Falcão. Cruzamento da esquerda e o colombiano a rematar à barra da baliza portista.
Em cima do minuto 90, Miguel Layún fecha as contas do encontro! Depois de Marega e Herrera tentarem bater Benaglio, foi Layún a fechar a jogada com o terceiro golo dos "dragões".
Uma vitória justíssima do FC Porto que levou a ideia de jogo bem estudada em todos os sentidos. Compacto a defender, criterioso atacar e eficaz na finalização.
A equipa de Leonardo Jardim, criou "aqui e ali" uma situação onde poderia ter balançado as redes, mas para além do bom posicionamento "azul e branco", a equipa monegasca mostrou alguma displicência no último passe, alguma falta de objetividade e até mesmo de capacidade para ultrapassar a barreira defensiva do FC Porto.
No fim das contas Sérgio Conceição está de parabéns pela forma inteligente, conciente e respeitosa como avaliou esta equipa do Mónaco e fez um jogo de enorme qualidade.
Muitos elogios a Sérgio Oliveira, mas o jogador que mais gostei nesta partida foi Moussa Marega. Quer a defender quer atacar, o maliano esteve muito bem e é uma peça cada vez mais importante nos esquemas táticos que Conceição utiliza.
Neste jogo acredito que a ideia de Sérgio Conceição foi e bem, criar uma maior coesão no miolo, uma maior consistência, em detrimento de alguém que desse mais criatividade ao jogo como Oliver ou Otávio.
O comentador do jogo disse que Sérgio Oliveira jogava lado a lado com Danilo, mas a ideia que tive sempre é que Sérgio Oliveira jogou à frente de Danilo, como médio centro e Herrera era o médio que se aproximava mais dos terrenos ofensivos.
Não sei se os meus leitores se recordam do que eu falei após o jogo frente ao Besiktas. Jogar com dois médios frente a equipas com um miolo mais forte, com dois homens mais o medio ofensivo que baixa e faz o terceiro médio o que acontecia na equipa turca, o FC Porto sentiu muitas dificuldades, um problema que o rival Benfica sentiu na temporada passada em alguns jogos, principalmente na Champions League. Ora, Sérgio Conceição inteligentemente alterou isso e contra equipas com três homens no miolo ou dois mais um, Conceição altera e bem o sistema e a equipa para além de ficar mais coesa, mantém os indices de eficácia na finalização altíssimos e isso é importantíssimo para quem mexe no sistema de jogo.
A Bola É De Todos
Comentários
Enviar um comentário