A equipa de Rui Vitória visitou o 'palco dos sonhos', Old Trafford e saiu derrotado por 2-0, num jogo que certamente deixou um misto de sentimentos aos adeptos encarnados.
O Benfica apresentou alterações no 11 inicial. Jardel ao lado de Ruben Dias, visto que Luisão estava suspenso, assim como Douglas voltou a substituir André Almeida que cumpria o segundo jogo de suspensão. Jonas ficou no banco, Samaris entrou para o miolo devido a lesão Filipe Augusto durante o aquecimento , e Pizzi como terceiro médio no apoio a Raul Jimenez.
A formação encarnada esteve muito personalizada na primeira metade do encontro, perante um Manchester United que se apresentou em "serviços mínimos".
Tal como aconteceu em Lisboa, não houve muitas situações de golo iminente, com exceção de uma grande penalidade a favor dos "red devils", que Mile Svilar conseguiu defender, e poucos minutos depois e, em jeito de resposta, um excelente pontapé de Diogo Gonçalves que flete da esquerda para a zona central e proporciona a De Gea uma defesa espetacular.
A equipa de José Mourinho dava muito espaço ao Benfica para pensar o seu jogo e embora o Benfica não conseguisse criar situações de perigo, estava bem no jogo. O problema foi sempre quando a bola chegava aos pés de Martial. Era uma verdadeira dor de cabeça principalmente para Douglas.
Em cima do intervalo, Matic remata de fora da área, com a bola a bater no poste, ressalta nas costas de Svilar que se tinha estirado para parar o remate e,involuntariamente o belga fez auto-golo.
Antes do interregno, o jovem guardião encarnado com uma palmada ainda negou o segundo golo do United, após remate de Lukaku.
No segundo tempo, o Benfica teve duas oportunidades pars marcar, primeiro Diogo Gonçalves mais uma vez a testar atenção de De Gea,com um remate cruzado e o guardião espanhol a defender pra canto. Mais perto que o Benfica teve do golo, aconteceu ao minuto 65, com Jimenez aproveitar alguma displicência de Eric Bailly, e o mexicano em zona frontal, atira ao poste.
O United deu sempre a ideia de dar um domínio consentido ao Benfica, na procura do contra-ataque, ora por Martial ou mais tarde por Rashford. Por falar no jovem inglês, Samaris aos 78 minutos cometeu nova grande penalidade para o Manchester United e Blind não desperdiçou a oportunidade de aumentar a vantagem e fechar o resultado.
Em suma, fica um bom jogo do Benfica, que se apresentou como disse no inicio, com personalidade, a trocar a bola com critério em toda a largura do campo. No geral toda a equipa teve uma boa exibição.
Jiménez ao deslocar-se muito da área, o Benfica não tinha referência atacante, mas a ideia certamente seria ter um ataque mexido na frente com Diogo Gonçalves a fletir para a zona central assim como Sálvio. Svilar sempre que foi chamado voltou a dizer "presente", de lamentar para o jovem é ter tido mais um momento, diria, caricato, na Champions League. Uma palavra para Ruben Dias e Jardel que fizeram um jogo muito consistente e como já tive oportunidade de referir, a meu ver está é a melhor dupla de centrais da formação encarnada.
Ja comentei com alguns leitores, que para mim, Rui Vitória deveria dar uma oportunidade a Salvio como lateral direito, acredito que iria ser uma agradável surpresa e abriria uma vaga por exemplo a Zivkovic.
No inicio da minha análise, disse que este jogo certamente deixa um misto de sentimento aos associados, porque a equipa apresentou-se bem, equilibrada, com carácter e sem receio de ter a bola num campo complicado, frente a uma equipa que mesmo com alterações e a jogar a um ritmo calmo, tem clara categoria.
Por isso digo que deixa sempre um amargo de boca, embora não se coloque em causa a vitória do Manchester United.
A Bola É De Todos
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