A 10° jornada da Liga NOS, trouxe-nos um dérbi do Porto, com o Boavista a receber o FC Porto no Estádio do Bessa.
Sérgio Conceição não efetuou qualquer alteração em relação ao jogo da jornada passada onde o FC Porto goleou o Paços de Ferreira por 6-1.
Os primeiros 20 minutos não mostraram perigo efetivo para qualquer uma das balizas, mas o jogo esteve sempre intenso e bem disputado, como se espera de um dérbi.
A forma agressiva com que o Boavista pressionava o portador da bola obrigava muitas vezes o FC Porto jogar mais no passe longo na tentativa de colocar a bola nas costas da defensiva axadrezada.
A equipa de Jorge Simão, apresentou-se subida no terreno, sempre bem posicionada, forte na pressão, com critério na troca de bola e procurava sempre as alas de forma a criar perigo para a baliza de Sá.
O FC Porto procurava ter o controlo do jogo, mas sentia dificuldades em pensar o jogo e em construi-lo e em ter rapidez na transição ofensiva devido à postura axadrezada, mas principalmente pela ausência de um terceiro médio. A equipa de Sérgio Conceição tinha na bola parada a melhor forma de incomodar Vagner.
Aos 21 minutos, excelente jogada do Boavista, com Fábio Espinho a colocar na direita em Renato Santos, com este a cruzar para o primeiro poste inde surge Yusupha que de calcanhar obriga José Sá a um excelente intervenção. Um excelente momento de futebol!
Em cima do intervalo, o primeiro lance de verdadeiro perigo para o FC Porto. Herrera coloca a bola em Telles no corredor esquerdo, que com tempo cruza para Corona esquecido no segundo poste e o mexicano com um remate em vôlei cria perigo para a baliza do Boavista. Excelente oportunidade para os "dragões".
Uma primeira parte sem grandes oportunidades, mas viva, intensa, onde o jogador Yusupha, foi uma agradável surpresa,depois de ter jogado apenas 33 minutos nas primeiras 9 jornadas, mas é David Simão a "peça" importante na estratégia dos axadrezados.
O Boavista bem em todas as fases do jogo, agressivo principalmente em termos defensivos e na pressão, mostrou critério e qualidade no passe. Excelente no aspeto tático.
O FC Porto sentiu dificuldades em pensar o seu jogo,mesmo tendo mais bola. Não conseguia construir e em chegar com perigo junto da baliza de Vagner.
Os dois médios no miolo não são suficientes e isso está a dar supremacia ao Boavista e a dificultar o jogo dos "dragões", que está a fazer uso do passe longo, algo raro nesta equipa de Sérgio Conceição.
O segundo tempo, começou quase com o golo do FC Porto. Aboubakar trabalha bem sobre um adversário, coloca a bola na direita em Corona que cruza para o segundo poste, onde no limite do campo aparece Brahimi que atira para perto da linha de golo onde sem marcação aparece Aboubakar para finalizar e abrir o ativo. Excelente jogada que fica marcada pelo excelente pormenor do camaronês do FC Porto no inicio da jogada.
Aos 57 minutos, livre batido de forma direta por Fábio Espinho, com a bola ainda a sofrer um desvio em Herrera e a bola a rasar o poste esquerdo da baliza de José Sá. Esteve perto o empate no Bessa!
Depois do golo o jogo ficou mais aberto, FC Porto passou a chegar com mais facilidade junto da baliza de Vagner e o Boavista continuou a procurar o golo, tal como vinha fazendo na primeira metade do encontro.
Aos 66 minutos, Idris abre na direita para Fábio Espinho, que cruza de forma tensa para o segundo poste onde aparece Mateus que após um excelente dominio e em zona privilegiada, atira muito mal.
Ao minuto 74, um bom entendimentonda equipa axadrezada, com Idris na parte final do lance a cabecear sem oposição para fora.
Pouco depois, Herrera é lançado na profundidade, é mais forte que Idris e remata rasteiro com Vagner a executar uma defesa apertada.
No minuto seguinte, Marega faz o 0-2! Na zona central a bola ressalta para Herrera que deixa Moussa Marega na cara de Vagner e o maliano não dá qualquer hipotese ao guarda-redes brasileiro.
Aos 85 minutos, a equipa do Bessa estava "partida", André André isola Brahimi que na cara de Vagner não não perdoa e faz o terceiro golo da noite para os "azuis e brancos".
Aos 92 minutos,Marega lançado na área descaido pelo lado direito, ainda atira ao poste da baliza de Vagner.
Uma vitória justa do FC Porto, que depois de uma primeira parte algo cinzenta fruto de uma maior agressividade na pressão e superioridade axadrezada no miolo, onde a ausência de um terceiro médio fez o FC Porto perder-se na primeira parte, principalmente em conseguir pensar as suas jogadas ofensivas e assim servir os homens da frente.
No segundo tempo, a equipa teve um postura diferente. Surgiu mais agressiva e mais decidida ofensivamente e o resultado acaba por espelhar a maior eficácia dos "dragões" na concretização.
O Boavista, fez um excelente jogo. Uma primeira parte quase irrepreensível, e no segundo tempo mesmo depois de sofrer o golo, nunca entrou em desespero, manteve-se fiel aos seus principios e à sua ideia de jogo e continuou a praticar um futebol de qualidade.
Quando Jorge Simão começou a mexer a equipa, passou a dar mais liberdade ao FC Porto na zona central e para além da quebra fisica da sua equipa, acabou por desiquilibra-la.
Repito uma vitória incontestável, mas o resultado final, não reflete as dificuldades que o FC Porto sentiu sensivelmente até aos 65 minutos.
A Bola É De Todos
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