A primeira mão dos oitavos de final da Champions League jogou-se no Estádio do Dragão, com o FC Porto a receber o Liverpool, equipa treinada pelo alemão,Jürgen Klopp.
Sérgio Conceição desenhou um 11 com algumas alterações em relação ao último jogo da Liga NOS frente ao Desportivo de Chaves.
Felipe cumpre um jogo de castigo, regressa Marcano, sai Maxi Pereira, entrando Ricardo e Corona cede o lugar a Yacine Brahimi.
Uns primeiros minutos de jogo, com as equipas a procurar anularem-se, com a organização defensiva a ser previligiada em ambos os conjuntos.
Aos 11 minutos, jogada do FC Porto, com Soares a ganhar a bola nas alturas, o esférico sobra para Otávio, que já dentro da área e após ressalto, remata, valendo ao Liverpool, Lovren a cortar o remate, com a bola a rasar a barra dando pontapé de canto. Grande momento do FC Porto para chegar ao golo!
Com 15 minutos de jogo, os "dragões", estavam visivelmente concentrados defensivamente, preocupando-se em anular principalmente Salah e Sadio Mané. Explorava os flancos por Brahimi e Marega.
Do outro lado, o conjunto inglês, tinha igualmente o seu processo defensivo como maior preocupação e, com bola, procurava com alguma acalmia o seu tridente ofensivo, mas sentia algumas dificuldades em incomodar José Sá. Por esta altura, o único remate que havia feito(13m), foi por intermédio do lateral esquerdo, Robertson de fora da área, com a bola a passar por cima da barra.
Com o passar dos minutos, os "Reds" de forma matreira iam crescendo no jogo, iam criando frisson na defensiva do FC Porto e ao minuto 25, jogada de insistência de Wijnaldum omde ganha alguns ressaltos, remata contra Reyes, recupera, coloca em Mané e este a rematar rasteiro e a fazer o primeiro golo do jogo. José Sá ficou muito, muito mal na fotografia.
Aos 29 minutos, Milner ganha a bola a Marega, entra na área, desfere um remate colocado, com a bola a bater no poste. Na continuação do lance, sobra para Salah, que com categoria passa por Sá e com calma coloca a bola no fund9 das redes.
Dois golos de desvantagem numa eliminatória ja de si complicada, que assim se tornava ainda mais difícil.
Com este resultado, o Liverpool, controlava o jogo a seu bel prazer, era mais rápido e agressivo na recuperação da bola e ia chamando o FC Porto, para com os seus já conhecidos rápidos contra-ataques fazer mais golos.
Do lado do FC Porto, era visível pela forma de estar no jogo, que estes dois golos foram como um soco no estômago. A equipa estava lenta e previsivel e com dificuldades de construir o seu jogo.
Aos 43 minutos, o FC Porto, jogada de Brahimi que coloca em Soares que frente a Karius atira ao lado. Que perdida!
Uma primeira parte onde a eficácia foi o principal diferencial.
O FC Porto começou bem e poderia ter aberto o ativo por Otávio, não o fez e o Liverpool foi crescendo, superiorizando-se ao FC Porto e chegou ao golo. Controlou e chegou ao segundo com alguma naturalidade.
O FC Porto sentiu dificuldades principalmente para pensar o seu jogo, mas ainda assim, teve em Soares uma nova oportunidade para marcar, mas o brasileiro não concretizou.
No segundo tempo o FC Porto com alterações procurou mudar o rumo dos acontecimentos, mas aos 53 minutos, foi o Liverpool quem aumentou a sua vantagem.
Excelente jogada de contra-ataque, com Salah a fazer um passe de ruptura de grande nível para Firmino, este remata rasteiro com Sá a defender mas de forma incompleta e Sadio Mané a confirmar o terceiro golo para a equipa de Jürgen Klopp.
Com 65 minutos jogados, o Liverpool ia controlando o jogo com bola e sem ela.
O FC Porto, estava visivelmente desmotivado com o resultado e bastante previsível e em cima do minuto 70, mais uma jogada de ataque tranquila da formação inglesa, com Milner na esquerda a cruzar para a área onde surge Firmino que sem marcação faz o 0-4 no Dragão.
Os "dragões" não conseguiam incomodar e chegar até à baliza de Karius e foi o Liverpool que aos 85 minutos,nova incursão do Liverpool, com Mané em zona frontal a rematar fortíssimo sem hipótese para José Sá.
Uma vitória tranquila do Liverpool, num jogo em que o FC Porto, poderia ter escrito outra história se mostrasse eficácia. Eficácia essa que os "Reds" mostraram e que (com todo o respeito) tornou este jogo num "treininho".
Os "dragões" com os golos sofridos e no fundo de forma natural, foram ficando desmotivados porque sabiam que este confronto era extremamente difícil e com os golos e com o rumo natural do jogo, a tarefa estava a ficar cada vez mais complicada.
Agora é fácil de criticar, mas volto a dizer que jogar com apenas 2 médios o desfecho contra equipas com 3 jogadores no miolo e de grande nível, o desfecho nunca poderia ser bom.
Esta equipa do Liverpool é uma incógnita. Ora faz um jogo de alto nível, ora faz um jogo irreconhecível para a qualidade do seu plantel. Mas, a verdade, é que a sua forma de jogar é do conhecimento de todos nós. Os rápidos e eficientes contra-ataques do seu tridente ofensivo, mais o apoio do seu miolo com Milner e habitualmente Emre Can, fazem maravilhas.
Falou-se no plantel de 200 milhões de euros do Liverpool, mas mesmo com os jogadores de elevadíssimo nível, sabemos que há um grande inflação no mercado inglês, como podemos confirmar com o central Van Dijk a custar aos cofres do Liverpool uns estapafúrdios 85 milhões de euros.
A tarefa do FC Porto diria mesmo que não tem volta a dar e sendo honesto e pragmático será apenas para cumprir calendário, mas acredito que o grupo de trabalho quererá dignificar o clube e também procurar fazer algum dinheiro pontuando em Anfield Road.
A Bola É De Todos
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