A jornada 23 jogou-se no Estádio da Luz com o Benfica a receber o Boavista de Jorge Simão.
Rui Vitória não apresenta qualquer alteração relativamente ao último jogo que a equipa fez diante o Portimonense, onde venceu por 1-3.
O jogo começa com o Benfica assumir declaradamente o jogo e aos 3 minutos criou a primeira situação de relevo na procura do golo.
Jogada de entendimento da formação encarnada com Zivkovic na parte final do lance, de fora da área a rematar forte e a obrigar Vagner a defesa difícil.
Em cima do quarto de hora de jogo, jogada entre Cervi e Grimaldo, com o argentino a sofrer grande penalidade de Rossi. Na conversão, Jonas não conseguiu bater Vagner que executa uma excelente defesa.
Na minha forma de observar o lance, parece-me que Cervi força o contacto e não me parece grande penalidade, muito honestamente. Isto pelas repetições facultadas pela BTV, onde em camera lenta fiquei com essa sensação. No entanto, o árbitro foi peremptório e nem precisou consultar o video-árbitro.
Uns primeiros 15 minutos com apenas um remate para além da grande penalidade, mas com o Benfica a procurar sempre jogar com grande dinâmica, com bons processos principalmente na construção do seu jogo ofensivo.
A equipa da axadrezada mostrou-se sempre concentrada e coesa e com a sua ideia de jogo bem definida. Defender bem e após o erro do adversário,procurar a fazer uma rápida transição ofensiva, mas até ao momento sem conseguir ser incomodativa.
Aos 18 minutos canto batido para a área apartir da esquerda, onde aparece Jardel a cabecear para Rúben Dias e este de cabeça abrir o ativo! Jogada entre o centrais encarnados que coloca o Benfica em vantagem!
Aos 21 minutos, (agora sim!) fica uma grande penalidade por assinalar por mão de Henrique na área do Boavista.
Com meia hora na Luz e sem grandes oportunidades de golo, o Benfica era controlador, jogava com intensidade, com uma excelente dinâmica e mesmo jogando em toda a largura do relvado, previligiava o corredor esquerdo, com aliás tem sido habitual,semana após semana, com Grimaldo, Cervi,mas também com Zivkovic a influenciar o jogo ofensivo naquele corredor.
Aos 37 minutos mais uma jogada de grande nivel de envolvimento ofensivo do Benfica, onde Pizzi ja dentro da área, tira um adversário do caminho, remata rasteiro e a bola a sair a rasar o poste direito da baliza defendida por Vagner.
Em cima do intervalo, novo golo para o Benfica! Canto batido na esquerda por Franco Cervi e Jardel nas alturas a cabecear para o golo e assim a ampliar a vantagem do Benfica para dois golos.
Uma primeira parte completamente comandada pelo Benfica. Mesmo sem muitas oportunidades de golo, os encarnados têm sido melhor em todas as fases do jogo, tem colocado intensidade e dinamismo no seu processo ofensivo, mas curiosamente foi na bola parada e os centrais a dar a vantagem ao intervalo.
O Boavista, nunca conseguiu ser perigoso, prova disso foi não ter um único remate. Defendeu bem, mas a nível ofensivo nunca conseguiu criar perigo efetivo para a baliza de Bruno Varela.
No segundo tempo, o Benfica manteve a sua ideia, a mesma forma de estar em campo. Agressivo e pressionante e a nível ofensivo, embora não sendo igual a primeira parte, mantinha uma boa dinâmica e excelentes entendimentos no seu processo ofensivo.
O Boavista após duas alterações de cariz mais ofensivo, dado as características dos jogadores em si, surgiu mais subido no terreno, passou a ter mais bola e procurou chegar com mais frequência ao último terço do terreno.
Aos 53 minutos, Zivkovic, coloca na direita em André Almeida que cruza tenso para o segundo poste, onde aparece Cervi que após dominar de peito, remata forte mas com o esférico a passar por cima da barra. Excelente desenho ofensivo do Benfica.
Aos 59 minutos a primeira situação de relevo para a equipa do Bessa, onde poderia ter reduzido a desvantagem. Matheus em zona frontal, remata de longe e a bola a passar muito perto do poste direito da baliza de Varela.
Aos 71 minutos, novo lance ofensivo do Benfica, com Pizzi a colocar em André Almeida que procura a profundidade, cruza para a área onde surge Jonas que remata colocado ao canto inferior direto e Vagner, atento, defende com qualidade.
Com 76 minutos jogados, uma excelente jogada individual de Grimaldo em terreno mais interiores, cruza para a área onde aparece Jonas pronto para finalizar, mas são os defesas axadrezados que de forma displicente colocam a bola na sua própria baliza. Estava assim feito o 3-0 para o Benfica!
Aos 87 minutos, jogada individual de Yousupha que num frente a frente com André Almeida, passa pelo lateral encarnado, flete para a zona interior e remata cruzado mas para fora. No entanto, fica a boa intenção do jogador da Gâmbia.
Em jeito de resposta, nova incursão de André Almeida no corredor direito que procura a profundidade, cruza para a área , onde aparece Raul Jimenez que sem grande oposição, faz o 4° golo do Benfica!
Já em tempo de descontos, João Carvalho na esquerda, trabalha bem sobre Henrique, ganha após ressalto e apenas com Vagner a sua frente, permite ao guarda-redes brasileiro fazer uma excelente intervenção.
Uma vitória de grande qualidade por parte do Benfica, que foi melhor em todas os momentos do jogo.
A equipa de Rui Vitória a nível defensivo, foi agressivo, pressionante e como de já é hábito, foi muito forte a jogar na antecipação. O seu processo ofensivo, teve principalmente na primeira parte, grande dinâmica, intensidade e jogadas de entendimento de grande qualidade. Os encarnados foram controladores e nunca deram grandes hipóteses do Boavista crescer no jogo e ser incomodativo.
A formação axadrezada, ficou muito aquém das expectativas, procurou estar sempre bem posicionado em campo, mas sentiu dificuldades no seu processo ofensivo.
No segundo tempo melhorou, as alterações fizeram crescer a equipa, criou mais frisson junto da baliza encarnada, mas não conseguiu alterar o rumo dos acontecimentos.
Para terminar dizer que o Benfica está bem, está fresco e aproveita, tal como eu falei com os meus leitores inúmeras vezes, ter apenas a Liga NOS como competição para vencer. O cansaço dos adversários será um fator indireto que poderá correr a favor dos encarnados.
De ressalvar mais uma vez a forma com que o corredor esquerdo do Benfica tem feito jogos de grande qualidade, com intensidade e de um enorme entrosamento.
Grimaldo e Franco Cervi têm um entendimento claro e cada vez mais forte e quando não há Filip Krovinovic, existe agora, Andrija Zivkovic.
Falei muitas vezes que gostava de ver o jogador a jogar numa posição de 9,5 num esquema diferente, mas neste esquema de 4-3-3, o sérvio executa em pleno a forma como eu imagina que ele poderia dar à equipa a jogar em zonas mais interiores.
Destacar também o jogador que chamo de "relógio suíço" do Benfica, André Almeida, que não sendo um lateral de raiz e muito menos ofensivo, tem desempenhadp um papel de grande qualidade no processo ofensivo.
A Bola É De Todos
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