O Benfica deslocou-se até ao Estádio Capital do Móvel para defrontar o Paços de Ferreira em jogo a contar para a 24° jornada da Liga NOS.
Em relação ao 11 inicial dos encarnados, Rui Vitória não efetuou qualquer alteração, em relação ao último jogo frente ao Boavista.
Com 8 minutos jogados e sem motivos de interesse até então, eis que surge o primeiro golo do jogo e para a equipa da casa. Xavier recupera a bola a Grimaldo e com uma arrancada onde o espanhol não teve capacidade para o parar, o jogador do Paços vai até à linha de fundo, cruza para área onde surge Luiz Phellype, que com uma excelente execução bate Bruno Varela.
O Benfica embora com mais bola, ia sentindo dificuldades quer em criar situações de perigo e na hora de defender, a equipa não mostrava muita agressividade, deixando o Paços criar algum frisson.
Os "castores" estavam bem posicionados, iam condicionando a construção dos "encarnados", com uma pressão ao portador da bola e iam criando desconforto à defensiva do Benfica.
O Benfica ia apertando o Paços de Ferreira, mas não conseguia criar um perigo efetivo. Por outro lado, o Paços, por intermédio de Pedrinho, que foi mais agressivo na pressão e recuperou a bola a André Almeida, abre na esquerda para Ruben Micael, este cruza para Phellype que com um pontapé acrobático atira à figura de Varela. Fica o excelente desenho atacante do Paços de Ferreira!
Só aos 35 minutos o Benfica criou perigo para a baliza de Defendi. Jonas na zona central, abre na direita em Rafa que já dentro da área, trabalhar bem sobre o defesa do Paços, mas remata fraco para defesa fácil do guarda-redes pacense.
Aos 40 minutos, jogafa de Franco Cervi na esquerda, crixa tenso e de forma milimétrica para Jonas que cabeceia de cima para baixo, a bola encaminhava-se para a baliza, mas Miguel Vieira a negar o golo do Benfica. Que oportunidade!
De seguida, foi a vez de Rafa que ao primeiro poste, de cabeça,atira por cima.
Em cima do intervalo, André Almeida pediu grande penalidade por braço na bola de Ricardo, mas não fiquei totalmente esclarecido com as repetições.
Uma primeira parte onde o Benfica sentiu dificuldades em apresentar um jogo dinâmico e intenso frente ao Paços de Ferreira, mas principalmente não conseguiu criar muitas oportunidades de perigo para a baliza de Defendi. Apenas na parte final da partida procurou o empate com uma maior insistência, mas sem sucesso.
A equipa do Paços está bem posicionada e a ter uma postura agressiva, principalmente na sua rápida transição para o ataque.
Depois na grande oportunidade que teve para fazer o golo, não desperdiçou.
No segundo tempo e com 60 minutos de jogados, o Benfica continuava sem conseguir ser incomodativo e o Paços de Ferreira estava bem posicionado e defendia de forma junta e coesa.
Momentos antes do primeiro quarto de hora da segunda parte, Rafa cai na área e o defesa do Paços de Ferreira toca no pé esquerdo do jogador encarnado. Na minha forma de analisar e mesmo com duas repetições, parece-me grande penalidade. No entanto, nem o árbitro, nem o video-árbitro, se pronunciaram acerca do lance.
O Benfica alterou o seu sistema para o antigo, 4-4-2, com a entrada de Raul Jimenez, na procura de encostar ainda mais a equipa do Paços.
A equipa de Rui Vitória procura insistemente o golo do empate, com o jogo mais direto, mas não consegue dar o melhor seguimento as jogadas.
O Paços de Ferreira, com 71 minutos, limitava-se apenas a defender e viu o Benfica chegar ao empate! Rafa trabalha bem na direta, passa pelo seu opositor, cruza para a área, Jimenez remata dee primeira contra Jonas, mas o brasileiro fica com o esférico e atira para o fundo das redes e assim estava feito o empate na partida!
O Benfica procurava jogar de forma mais rápida, ter uma maior dinâmica ofensiva, enquanto o Paços tentava pressionar de forma agressiva a zona de construção de jogo encarnado.
Ao minuto 88, uma jogada entre os 3 diferentes avançados do Benfica fazem a reviravolta no marcador. Jimenez recebe a bola na esquerda, coloca em Seferović, o suíço vê Jonas na área e o brasileiro de primeira não facilita e faz o golo do Benfica.
Embora seja perto, Defendi não fica muito bem na fotografia.
No tempo de descontos, Varela chuta para a frente, Jimenez de cabeça coloca em Rafa que parte para a baliza de Defendi e com dois opositores, Rafa remata cruzado e "mata" o jogo no Capital do Móvel!
Depois de uma primeira parte pouco conseguida, o Benfica teve nos segundos 45 minutos, uma postura onde fez por merecer a vitória.
O Paços de Ferreira teve uma postura agradável equilibrada no primeiro tempo onde marcou e foi "aqui e ali" incomodativo, mas no segundo tempo, quase que se limitou a defender.
São estes os jogos que fazem um campeão. Como já salientei noutras alturas, os pontos serão cada vez mais caros a cada jogo a que se aproxima o terminar da Liga.
O Benfica na segunda parte, foi claramente melhor, apelou ao espírito de sacrifício, ao querer, mas também à qualidade para levar de vencida esta difícil equipa do Paços de Ferreira.
Já disse variadíssimas vezes que jogar em relvados como o de hoje, condiciona a habitual dinâmica, a ideia de jogo e o jogar a toda a largura do campo como habitualmente o Benfica joga.
Zivkovic por exemplo, foi um dos que sentiu as dificuldades em pegar no jogo porque não conseguia libertar a bola, nem criar os desiquilibrios apoiando Grimaldo e Cervi corredor esquerdo, como tão bem tem feito. O jogo estava um tanto afunilado pela forma como o Paços pressionava a construção do Benfica e Rui Vitória bem, libertou mais o miolo, criando indiretamente mais espaço, ficando apenas Pizzi e Fejsa.
Quando todos falavam e pediam a saida de Rafa Silva do clube, por falta de capacidade, certamente que os meus leitores se recordam que eu disse que o ex-SC Braga precisava de ter minutos, ter competição para ganhar rotinas de jogo e o próprio ritmo competitivo.
Hoje ficou bem patente que o Benfica tinha e continua a ter um excelente jogador que pode e certamente vai fazer a diferença em muitas ocasiões.
Em suma fica uma vitória muito difícil do Benfica, onde os três golos não espelham as dificuldades sentidas no jogo. É preciso dar mérito à forma como o Paços de Ferreira se apresentou e condicionou muito o jogo encarnado na primeira parte.
A alteração de sistema e o aumento de rapidez nos processos, levaram o Benfica a uma vitória merecida onde os "castores" pouco conseguiram fazer para suster o poderio encarnado no segundo tempo.
A Bola É De Todos
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