A jornada 24 da Liga NOS também se jogou no Estádio de Alvalade com o Sporting a receber o Moreirense.
Jorge Jesus apresentou um 11 inicial com alterações e com posicionamentos não muito habituais.
Rodrigo Battaglia surgiu na lateral direita substituindo Piccini, no lado contrário, Marcos Acuña baixa para o lugar de Fábio Coentrão, surgindo Bryan Ruiz a sua frente,André Pinto substituí Mathieu, Petrovic assumiu o lugar de William Carvalho como médio mais recuado.
Uns primeiros 15 minutos sem um domínio claro de nenhuma das equipas. O Sporting com não podia deixar de ser, a ter mais iniciativa de jogo, mas sem conseguir penetrar na defensiva do Moreirense, enquanto a equipa treinada por Petit surgiu personalizada, subida, pressionante e procurava desiquilibrar com movimentações rápidas e pelas alas.
Aos 17 minutos a primeira grande ocasião de golo da partida e para a equipa da casa! Acuña procura a profundidade, cruza para a área onde Montero em luta com um adversário deixa a bola a mercê de Battaglia, que em zona privilegiada e já dentro da área atira por cima.
A equipa de Moreira de Cônegos não conseguia criar situações de perigo iminente, mas com 25 minutos de jogo, estava agressiva, jogava com critério, era em muitas situações a equipa que ganhava as segundas bolas e era mais rápida quer na recuperação, quer na antecipação aos jogadores leoninos.
O Sporting estava a sentir dificuldades não em pensar o seu jogo, mas sim, em desenvolver o seu jogo ofensivo com a qualidade habitual.
Aos 31 minutos, novamente o Sporting, com Gelson a surgir pela esquerda procurando desiquilibrar, flete para a zona central, remata contra um adversário, a bola fica solta para Bryan Ruiz e apenas com o guarda-redes Jhonatan, atira fraco e a figura. Que perdida!
Na resposta, Tozé, de fora da área, atira forte, obrigando Rui Patrício a defesa difícil. Excelente remate do médio do Moreirense.
A 5 minutos do interregno, Bruno Fernandes teve nos pés a maior oportunidade de golo até ao momento mas na cara de Jhonatan atira por cima. Neste lance fica na retina o passe de classe de Bryan Ruiz.
Já no tempo de descontos da primeira parte, Bryan cruza tenso para a área, onde surge André Pinto, mas o ex-SC Braga sem marcação, a não conseguir desviar para a baliza.
Uma primeira parte com o Sporting a ter quatro oportunidades claras de golo onde poderia ter feito bem melhor. A equipa sentiu algumas dificuldades principalmente em ligar o seu jogo ofensivo, onde Gelson procurava ser o maior desiquilibrador.
A equipa de Petit, mostrou-se bem em campo, a jogar com qualidade e tranquiladade. Teve momentos onde pressionou alto e quis jogar no último terço do terreno.
O Sporting só se pode queixar de si mesmo por não ir para o intervalo em vantagem no marcador.
No segundo tempo, o Sporting por intermédio de Gelson procurou ser mais ativo
A9s 53 minutos e com o Sporting balanceado no ataque, Tozé lança Bilel Aouacheria que domina a bola com o peito e num frente a frente com Patrício, faz o golo do Moreirense. O árbitro recorreu ao vídeo-árbitro e anulou o golo à equipa de Moreira de Cônegos. Sinceramente não entendi o motivo de terem anulado o golo, porque pelas repetições que vi, o homem do Moreirense não cometeu qualquer irregularidade.
Pouco depois, livre batido para a área por Tozé no lado direito do seu ataque, com Micael a cabecear de forma perigosa, valeu Rui Patrício a fazer uma enorme defesa! Excelente momento em Alvalade!
Em jeito de resposta, Gelson trabalha bem sobre o defesa do Moreirense, remata forte e Jhonatan bem a defender para canto.
Aos 60 minutos, o Sporting fica reduzido a 10 jogadores por expulsão de Petrovic, mas na minha forma de ver o lance, o jogador leonino não comete falta sobre o jogador do Moreirense.
Com quase 70 minutos de jogo, o Sporting não conseguia ser esclarecido no capítulo da finalização, onde o último passe por vezes não saía com o nível do costume e o Moreirense estava agressivo, ia trocando a bola com qualidade e com critério e "aqui e ali" ia chegando a baliza de Rui Patrício.
Com menos de 10 minutos de tempo regulamentar para serem jogados, era visivel o nervosismo na equipa leonina, continuavam as dificuldades no último passe enquanto a equipa do Moreirense continuava confortável na partida, onde trocava a bola com calma e qualidade.
Já nos descontos, arrancada de Rafael Leão, que coloca a bola em Gelson que de trivela remata, com a bola ainda a sofrer um desvio num jogador do Moreirense e faz o golo do Sporting!
Uma vitória bastante sofrida por parte do Sporting, que teve duas partes distintas nesta partida. Uma primeira parte com oportunidades que poderiam ter resolvido desde logo o encontro, mas teve uma segunda metade muito aquém de quem precisava de vencer a partida, mesmo com 10 homens em campo.
Do outro lado, esteve uma equipa que pela forma como se apresentou em campo e na globalidade, o golo sofrido ao cair do pano é frustrante.
O Moreirense teve uma postura competente, mostrou qualidade e tranquilidade e nesta segunda metade podia ter conseguido algo mais neste jogo.
Na minha forma de analisar a partida, o Moreirense tem razões de queixa no golo anulado, assim como o Sporting tem na expulsão de Petrovic que me parece manifestamente infeliz.
Depois, fosse qual fosse o desfecho da partida, quando os jogadores estão prontos para serem lançados na partida, como supostamente era o caso de Coentrão e William, não se pode pensar no "amanhã" em detrimento do "agora". Quando se quer ser campeão, é preciso jogar no limite e não pensar que com alterações, para não dizer invenções, se consegue ultrapassar o último classificado da Liga NOS.
Como costumo dizer aos meus leitores, ninguém joga sozinho nem os jogos são favas contadas.
Num ato irrefletido, Gelson Martins leva o segundo amarelo e consequente expulsão, o que o deixa de fora do jogo do Dragão. Acredito que tenha sido a euforia e talvez uma palavra de forma a Ruben Semedo pessoal pelo momento que está a passar, mas é preciso ter noção da resposabilidade que acarreta uma atitude deste género que penaliza e muito a equipa no objetivo principal do clube.
A Bola É De Todos
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