O Benfica defrontou o Desportivo das Aves em pleno Estádio da Luz, em jogo referente à 26° jornada da Liga NOS.
Rui Vitória desenhou um 11 onde teve apenas uma alteração. A ausência forçada de Pizzi pela acumulação de amarelos, fez com que João Carvalho saltasse para a equipa inicial e com isso, fosse a única novidade na equipa encarnada, isto comparativamente aos últimos jogos.
Uns primeiros 10 minutos sem lances dignos de relevância. O Benfica a ser mais dominador e a assumir(como já era de esperar) as despesas do jogo, mas a não conseguir chegar ao último terço do terreno de forma a ser incomodativo.
Do lado do Aves, a equipa de José Mota procurava estar defensivamente bem posicionada, encurtar os espaços principalmente na zona central e em termos ofensivos, a ideia passava por jogar de forma rápida em Nildo ou Amilton de forma a surpreender a formação encarnada.
Aos 12 minutos, excelente recuperação de bola de Fejsa que lança rapidamente e na profundidade Rafa, que passa bem por Nelson Lenho, flete para a zona central e de trivela atira com a bola a passar perto do poste direito de Adriano. A primeira jogada de relevância do Benfica, assim como o seu primeiro remate na partida.
Ao minuto 17, novamente Rafa, que desta vez surge de rompante, passa por um adversário,mas após saida do guarda-redes avense, não conseguiu fazer o golo. Nesta jogada fica na retina o excelente passe de Jonas.
Em jeito de resposta, o Aves criou perigo efetivo. Bola colocada na esquerda em Nelson Lenho, que cruza tenso e Derley salta mais alto do que os adversários e cabeceia perigoso junto do poste direito da baliza de Bruno Varela.
Com o Aves bem posicionado e a fechar os caminhos para a sua baliza, o Benfica, com meia hora de jogo, sentia necessidade de aumentar o ritmo de jogo, mas principalmente os jogadores começavam a sair de forma mais insistente da sua posição de forma a desiquilibrar e desorientar as marcações da equipa Avense, onde aqui e ali, iam criando situações no último terço do terreno.
Uma primeira parte onde o Aves conseguiu parar o ímpeto ofensivo que o Benfica tem tido nos últimos jogos.
A equipa treinada por Rui Vitória teve neste primeiros 45 minutos uma exurbitante posse de bola, onde rondou os 70%, mas não conseguiu com que essa superioridade fosse traduzida em golos, nem tão pouco em lances de grande perigo.
Dois dos motivos para o nulo até ao momento, na minha forma de analisar, foram a lentidão e a falta de agressividade na transição ofensiva, o que ajudou sempre o Desportivo das Aves a reposicionar-se e a falta de apoio de João Carvalho, dando a qualidade no último passe e na própria finalização, momentos que são habitualmente dados por Pizzi e com a qualidade que todos lhe reconhecem.
No segundo tempo, o Benfica entra a criar perigo! Rafa é lançado por Jonas na profundidade, cruza para a área, Cervi não chega, Zivkovic aparece sem marcação ao segundo poste e sem oposição remata para fora. Que perdida do sérvio!
O Benfica a surgir mais rápido, mais agressivo e a criar insistentemente frisson junto da baliza de Adriano Facchini.
A equipa do Aves por esta altura, com quase 60 minutos, tinha como maior preocupação suster o ataque do Benfica, mas também procurar jogar e criar jogo ofensivo com critério, mas sentia muitas dificuldades nesse aspeto.
Aos 64 minutos, jogada entre André Almeida e Raul Jimenez, com o mexicano a colocar novamente no português, onde este fica em zona previligiada para finalizar, atira forte mas Jorge Felipe a colocar o pé e a cortar para canto, excelente lance de ataque do Benfica.
Na resposta, um ataque rapidíssimo do Aves, com a bola a sobrar para Paulo Machado que na zona central bem na entrada da área, atira muito por cima. Excelente a resposta da formação avense.
Aos 71 minutos, Rafa na direita tenta colocar em Jimenez, o mexicano não segura a bola, o esférico fica solto na zona central, Fejsa remata colocado de fora da área, Adriano faz uma excelente defesa, a bola sobra para Cervi que mete em Jonas que de forma fácil abre o ativo na Luz!
O Benfica 4 minutos depois volta a marcar! Jimenez recepciona, remata forte para grande intervenção de Adriano, a bola fica em Ruben Dias e sem dificuldades aumenta a vantagem dos encarnados!
Aos 87 minutos, canto batido do lado direito do ataque encarnado, com Jardel a saltar mais alto e de cabeça a obrigar Facchini a defesa complicadíssima. Excelente momento do guardião do Desportivo das Aves.
Uma vitória justa do Benfica, onde só uma equipa tranquila, madura e com grande paciência poderia levar de vencida uma equipa bem posicionada e com uma estratégia bem definida como foi o Desportivo das Aves.
A equipa de Rui Vitória teve a bola em seu poder em grande parte do tempo útil de jogo, mas sentiu dificuldades em criar um perigo efetivo para a baliza de Adriano Facchini.
No segundo tempo o Benfica aumentou o ritmo de jogo, passou a ser mais agressivo ofensivamente e a incomodar a defensiva avense com maior insistência. Contudo, só após a entrada de Jimenez, onde passou haver mais poder de fogo e outras movimentações ofensivas, que desiquilibraram o Aves o jogo começou a ir de encontro as expetativas encarnadas.
Do lado do Aves, a minha opinião sobre esta equipa mantém-se. É uma formação, com jogadores de muita qualidade e para mim, é incompreensível que José Mota seja o terceiro treinador nesta edição da Liga NOS.
A estratégia delineada para esta partida foi bem trabalhada pelos jogadores, principalmente a nível defensivo onde complicou e muito a vida ao Benfica.
Quero deixar apenas uma nota para dois jogadores. André Almeida está um senhor jogador, a fazer uma temporada de grande nível e com uma projeção ofensiva de muita qualidade.
O outro jogador é Rafa. Quando toda a comunicação social e os próprios adeptos do Benfica queriam que Rafa Silva saísse do clube, confesso que é com regozijo que vejo as minhas palavras sobre o internacional português em Dezembro de 2017 serem nos dias de hoje comprovadas com os aplausos de pé ao ex-jogador do SC Braga.
Com este desfecho o Benfica coloca pressão no FC Porto que amanhã desloca-se ao Estádio Capital do Móvel para defrontar o Paços de Ferreira.
A Bola É De Todos
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