A jornada 30 da Liga NOS trouxe-nos um jogo histórico como é caso do clássico entre o Sport Lisboa e Benfica e o FC Porto que foi jogado em pleno Estádio da Luz, com mais de 60 mil pessoas.
Em relação as equipas, Rui Vitória mais uma vez não pôde contar com Jonas, tal como aconteceu na jornada anterior no Estádio do Bonfim. Sem mais ausências forçadas, manteve assim o mesmo 11 inicial da partida com o Setúbal, com Raúl Jiménez a ser o homem mais avançado da equipa encarnada.
Do lado dos "Dragões", Sérgio Conceição apresentou um 11 com Moussa Marega a ser a grande novidade na equipa inicial, ele que regressa após lesão. Vicent Aboubakar começa assim a partida no banco de suplentes.
Uns primeiros 15 minutos com as equipas a terem muito rigor tatico de forma a não consentir erros nesta fase inicial. O Benfica a ter mais bola, mesmo sem conseguir criar um perigo efeitivo para a baliza do FC Porto. Os "Dragões" procuravam sempre estar bem posicionados e mais fechados na zona central e mais pressionantes, contudo, a sentir dificuldades em chegar ao último terço do terreno com qualidade.
O Benfica a espaços procurava colocar intensidade nos seus corredores e em cima dos 20 minutos, Rafa foi é lançado na direita, cruza de forma direta para a baliza com a bola a embater no poste, com Iker Casillas a controlar a trajetória da bola.
De seguida foi Franco Cervi no corredor esquerdo, a passar por Ricardo e já dentro da área a rematar forte e junto ao poste, mas Casillas a executar uma excelente intervenção.
Em jeito de resposta, Telles lança Marega na profundidade, o maliano segura a bola, coloca em Soares que entra na área e remata ao lado! Fica o frisson para a baliza de Bruno Varela!
Com 30 minutos de jogo, a equipa de Rui Vitória ia tendo um maior ascendente atacante. Ia colocando uma maior intensidade no jogo, onde os corredores iam sendo a forma de chegar mais perto da baliza de Casillas.
O FC Porto com pouco jogo ofensivo ia estando bem a defensivamente. Algumas alterações posicionais entre Otávio e Moussa Marega era a forma que Conceição ia encontrando para baralhar as marcações dos jogadores encarnados, mas sem grande sucesso.
O contra-ataque era muitas vezes a forma encontrada para chegar a baliza de Bruno Varela.
Em cima do intervalo, cruzamento da esquerda onde Jiménez serve Pizzi que na cara de Casillas não consegue ultrapassar o guardião do FC Porto. Excelente defesa de Casillas!
Na resposta, Ricardo na direita cruza de forma tensa e Marega em zona privilegiada e de primeira, atira não muito longe do poste esquerdo da baliza de Varela.
Uma primeira parte intensa, bem disputada e de muita qualidade tática, como aliás,se quer e como se espera de um clássico desta natureza.
O Benfica tem estado melhor na globalidade de todos os momentos do jogo. Mais maduro, mais equilibrado, coeso, com uma maior intensidade de jogo ofensivo e mais perigoso.
A equipa do FC Porto tem estado bem defensivamente, procurando construir o seu jogo ofensivo com qualidade, mas não tem conseguido encontrar a baliza de Varela de forma a efetivar um real perigo para a baliza encarnada.
Após o interregno, o Benfica deu ideia de querer recomeçar a partida próximo da área do FC Porto, mas foram os "Azuis e brancos" a terem a primeira situação de perigo do segundo tempo. Ricardo felte da direita para a zona central, coloca em Marega que não consegue ultrapassar Varela que saiu de forma rápida aos pés do maliano.
O FC Porto a surgir mais agressivo, mais rápido,mais subido e a procurar jogar por vezes mais direito.
Aos 54 minutos, foi Jardel que após canto batido do lado direito do ataque encarnado, de cabeça faz a bola passar perto poste direito de Iker Casillas.
O Benfica a sentir mais dificuldades em pensar e construir com qualidade o seu jogo ofensivo, devido a forma subida e agressiva como o FC Porto estava no jogo.
Aos 65 minutos Yacine Brahimi a partir da esquerda para a zona central e na entrada da área remata rm arco e a bola a não sair longe do poste esquerdo da baliza de Varela.
Rui Vitória com o rumo que o jogo estava a tomar, inexplicávelmente, coloca um avançado tirando um médio deixando mais descoberto a zona central e em cima do minuto 90, o FC Porto chegou a vantagem! Após insistência de Aboubakar, Grimald corta a bola e Herrera na zona central remata fortíssimo e a não dar hipóteses a Bruno Varela. Golaço do mexicano!
Uma vitória do FC Porto num jogo equilibrado onde os três resultados podiam ter acontecido e seriam aceitáveis.
Uma primeira parte onde o Benfica foi melhor, teve mais bola e mais intencidade de jogo ofensivo e teve oportunidades.
A equipa de Sérgio Conceição teve bem defensivamente, mas sentiu algumas dificuldades em ser igual a si próprio a nivel ofensivo.
No segundo tempo Inverteram-se os papéis.
O FC Porto teve uma franca melhora, teve uma postura mais agressiva, surgiu mais subido, foi mais intenso e conseguiu chegar ao golo.
O Benfica não conseguiu pensar o seu jogo nem ser incomodativo como havia sido na primeira parte.
Sem querer ferir suscetibilidades e, sem tirar qualquer mérito do FC Porto nesta conquista onde reassumiu a liderança da Liga NOS, mas o culpado deste resultado tem um nome. Rui Vitória. Com a segunda parte, com uma enorme ascensão e melhora do FC Porto, onde estava claramente mais forte e mais agressivo, tirar um médio e colocar um avançado é inexplicavelmente ridículo, permitam-me a expressão. É preciso coragem para assumirem as culpas e o treinador ribatejano é o culpado desta derrota. O empate frente ao Portimonense para a Taça CTT onde fez exatamente o mesmo, não serviu de aprendizagem.
A grande diferença nesta partida, acabou por ser a eficácia na finalização.
Agora, o FC Porto é a única equipa que depende só de si para se sagrar Campeão Nacional.
A Bola É De Todos
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